Busto de João Cândido - Obra de Vasco Prado
Palestra com o prof. Arilson
Coral do Cecune
Este ano, a maior parte dos eventos relacionados ao mês da Consciência Negra devem lembrar a figura de João Cândido pelos 100 anos da Revolta da Chibata.
Em 1910, em um Brasil já sem a oficialidade da escravidão, os soldados da Marinha ainda recebiam chibatadas como uma forma de castigo por "mau comportamento". Nem é preciso dizer que a grande maioria dos soldados eram negros e que simbolicamente a chibata remetia ao tempo da escravidão. Esse "mau comportamento" poderia ser brigas, porte de bebidas alcoólicas ou simplesmente olhar nos olhos dos oficiais, uma vez que essas eram ações proibidas aos soldados.
João Cândido Felisberto, um soldado, negro e pobre, teve a coragem e a sabedoria de organizar uma revolta que mudaria para sempre a Marinha Brasileira. Na Capital do Brasil (na época Rio de Janeiro), apontou a armada para a cidade e exigiu do Presidente o fim dos maus tratos.
Foi atendido em sua exigência, mas o triste futuro destinado aos revoltosos e em especial a João Cândido foi um preço alto a ser pago.
Preso, torturado, vendo seus colegas serem mortos, expulso da Marinha, difamado em sua honra, passou a vida esquecido pela história oficial.
Agora, mais do que merecidamente, ao completar 100 anos do acontecimento, vê-se homenagens no país todo. Aqui em Alvorada não poderia ser diferente.
Salve o Almirante Negro!
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